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Fica-te o silêncio, as longas noites e o vento
com que sonhaste o regresso do infante adormecido
por entre as vagas que se levantam do mar imenso
ou no seio da floresta, em verde aberto.
Escuta amada, o murmúrio dos ecos
no levantar das folhas de encontro à brisa
ou a visão do sol, que se dilui na claridade da noite
lugar secretíssimo que ninguém descobre
e onde só nós estamos.
Que sei eu dizer-te, que já não saibas ou penses
- mesmo que o meu sorriso se ilumine de sombras -
se só tu decifras a lonjura da terra e o rebordo do mar?
Que sei eu provar-te que não me tivesses dito
senão esta natureza que se criou em-mim
mas que veio de ti, sem que jamais o soubesses?!...
José Manuel Capêlo, A Noite das Lendas, Aríon, 2000
com que sonhaste o regresso do infante adormecido
por entre as vagas que se levantam do mar imenso
ou no seio da floresta, em verde aberto.
Escuta amada, o murmúrio dos ecos
no levantar das folhas de encontro à brisa
ou a visão do sol, que se dilui na claridade da noite
lugar secretíssimo que ninguém descobre
e onde só nós estamos.
Que sei eu dizer-te, que já não saibas ou penses
- mesmo que o meu sorriso se ilumine de sombras -
se só tu decifras a lonjura da terra e o rebordo do mar?
Que sei eu provar-te que não me tivesses dito
senão esta natureza que se criou em-mim
mas que veio de ti, sem que jamais o soubesses?!...
José Manuel Capêlo, A Noite das Lendas, Aríon, 2000
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