pintura de Sandro Boticelli
para Marianta
Serenos são teus olhos, Marianta
mas vivos como este mar que ora vejo.
Como é triste estar longe e ser desejo
de levar-te ao acaso que me espanta.
Lá, inundaríamos o fogo da nossa arte
escrevendo, pintando, eu sei lá quê…
Mas como é triste, Marianta, este porquê
descrito em poemas e pinturas por toda a parte.
Ah! vá lá saber esta distância
este carril de ferro que nos separa.
A vida é uma vibrátil vara
que ao vibrar, não permite mais que ânsia.
Que mais posso esperar, Marianta
senão cabelos brancos iguais aos teus?!...
Silenciosos e graves são esses estranhos céus
que de força e amargura, têm tanta e tanta.
José Manuel Capêlo, Margens, Perspectivas & Realidades, 1982
mas vivos como este mar que ora vejo.
Como é triste estar longe e ser desejo
de levar-te ao acaso que me espanta.
Lá, inundaríamos o fogo da nossa arte
escrevendo, pintando, eu sei lá quê…
Mas como é triste, Marianta, este porquê
descrito em poemas e pinturas por toda a parte.
Ah! vá lá saber esta distância
este carril de ferro que nos separa.
A vida é uma vibrátil vara
que ao vibrar, não permite mais que ânsia.
Que mais posso esperar, Marianta
senão cabelos brancos iguais aos teus?!...
Silenciosos e graves são esses estranhos céus
que de força e amargura, têm tanta e tanta.
José Manuel Capêlo, Margens, Perspectivas & Realidades, 1982
Sem comentários:
Enviar um comentário