pintura de Adolphe William Bouguereau
Olha Daisy, não me importa que os homens
te olhem, como se fosses a primavera
a despontar com a madrugada
no olhar das plantas que crescem
Tu eras linda, grega, macedónica
como a beleza estática e primaveril
Sonhava nos teus lábios como quem sonha
o universo das plantas, a marginarem
pelo cimento do canteiro sem floresta próxima.
Sabes Daizy? A minha glória é tirar-te
dos lábios do grande pensador e do seu discípulo
vestir-te uma veste de madona
e mandar-te criar os filhos dos outros
como quem os faz pelas bocas das rosas
Tu eras linda, mesmo no voo da tua velhice
pelos recantos dos jardins públicos
da tua serenidade trémula
Amanhã Daisy, virá o sol que nos cobrirá
Mas que importa, se foste a primavera
a despontar com a madrugada
no olhar das plantas que crescem…
José Manuel Capêlo, Margens, Perspectivas & Realidades, 1983.
Olha Daisy, não me importa que os homens
te olhem, como se fosses a primavera
a despontar com a madrugada
no olhar das plantas que crescem
Tu eras linda, grega, macedónica
como a beleza estática e primaveril
Sonhava nos teus lábios como quem sonha
o universo das plantas, a marginarem
pelo cimento do canteiro sem floresta próxima.
Sabes Daizy? A minha glória é tirar-te
dos lábios do grande pensador e do seu discípulo
vestir-te uma veste de madona
e mandar-te criar os filhos dos outros
como quem os faz pelas bocas das rosas
Tu eras linda, mesmo no voo da tua velhice
pelos recantos dos jardins públicos
da tua serenidade trémula
Amanhã Daisy, virá o sol que nos cobrirá
Mas que importa, se foste a primavera
a despontar com a madrugada
no olhar das plantas que crescem…
José Manuel Capêlo, Margens, Perspectivas & Realidades, 1983.
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