III
há quanto tempo? será que são dias? quantos? não decerto uma vida. gostaria que sobrassem as noites, muitas estrelas, um sem fim de imagens a serem rio. dos teus olhos, que eram castanhos, bastava que brotasse uma terra a crescer em florestas. haveria sinais de árvores e de sombras. do lado de lá, só o rio, quedo e frágil, ondeando pequenas vagas como série de vácuos, ameias hirtas, frias, sem sentido. só o teu sorriso poderia ser a luz do eco. o teu silêncio, vale mais que muitas notas de música: uma sinfonia completa. começo a (d)escrever(-te) com o cansaço dos ombros.
Bárbara no centro da terra. qualquer lugar, é o centro da terra.
José Manuel Capêlo, Enche-se de Eco a Cidade, Átrio, 1989
Bárbara no centro da terra. qualquer lugar, é o centro da terra.
José Manuel Capêlo, Enche-se de Eco a Cidade, Átrio, 1989
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