pintura de Salvador Dali
O tempo de todos os tempos, esse, vem perfeito:
como todos os dias juntos, todas as horas segredadas
como se tivessem sido germinadas numa-só.
É esse o tempo que lembro, e mais nenhum.
Ou que teimo em lembrar nas imagens de quantos
em expressões, matérias, memórias, me ficaram captadas
numa quase contemplação que o sentimento intuiu
o momento clareou, e o bem, ou o mal
do que ficou, se deixou restar em-mim.
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José Manuel Capêlo, A Noite das Lendas, Aríon, 2000
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