A minha realidade não é falar de mim, como quem fala duma coisa que se ama. Mas quem melhor para falar de mim, do que eu? Quem melhor para descrever o que sinto, senão estas palavras que me atrapalham e ferem, me subjugam e são vivas? O esplêndido é o espelho? Pois que o seja, já que o olho e ele se me inclina.
José Manuel Capêlo, Rostos e Sombras, Sílex, 1986
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