Enquanto o promontório se alonga na espuma branca das ondas verdes... Enquanto a tua casa se suspende nas falésias abruptas da terra selvagem... Repito no eco deste cachimbo aceso, as palavras que me segredas, ao pressentires o horizonte: « Aqui nasce a terra que me fez encontrar-te, pedra angular, sagrada, inóspita. Revive em ti, o meu segredo. Enquanto guardares a voz dos nossos avós visigodos, terás a alma da consciência. Quê de lusitanos?... Esses, tinham desaparecido há muito dos montes baldios da estrelar montanha. Hermínios, lhes chamavam...»
José Manuel Capêlo, Rostos e Sombras, Sílex, 1986
Sem comentários:
Enviar um comentário