segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Não te estou, não te invento, nem te procuro

pintura de René Magritte


Não te estou, não te invento, nem te procuro
porque o tempo da água escorreu rápido para a margem
essa terra breve onde se escondem os fáceis gestos
os lugares que se marcaram com mãos de outras vitórias
noites consumadas em cama de feno e suor.


José Manuel Capêlo, A Voz dos Temporais, Átrio, 1991

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