Hei-de partir para a Nova Índia com as mãos que tenho no peito. Hei-de partir com essas mãos que escrevem. Não com a antiga saudade, mas com uma outra de um tempo por vir. Creiamos: não há lógica no tempo de hoje, sem o concreto do tempo de amanhã, porque nada pode acabar sem haver começado.
E se lermos em redor, veremos o sinal luminoso e fluente, quanto as variadíssimas luzes que se destacam para lá das montanhas próximas e secretas.
José Manuel Capêlo, A Voz dos Temporais, Átrio, 1991
1 comentário:
Pintar com as palavras.
Entendender com os sentidos.
Descrever com imaginação.
Eis a poesia de José Manuel Capêlo, emoldurada, neste blogue, pelo afecto duma amizade sentida.
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