Oh! dia fulgurante de estrelas e de luzes
de sombras, de vozes e de desejos
que contemplo aninhados e visíveis
nestas folhas brancas
que o papel imprime e seduz. Hoje é o dia material
responsável único por esta demanda de ecos
responsável único por esta demanda de ecos
- vozes surdas e sobrenaturais -
pelas diferenças do espírito, pelos rios da cor
pelos rugidos da forma, pelos altos e baixos
da minha vontade e memória e tempo audaz.
Ninguém me perceba, porque todos me dirão!
- Como o horizonte que se aproxima na linha que fica
aquém da consequência e do modo.
José Manuel Capêlo, A Voz dos Temporais, Átrio, 1991
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