Longe estavas como longe estás
oh! amada,
quando as razões nos conduziram ao encontro
no centro da sala, com luzes suspensas
figuras vagamente presentes
cadeiras praticamente encostadas ao chão
o centro dos corpos no centro da música...
Um qualquer lugar onde, que não importa nomeá-lo ou distingui-lo.
Só sei que lá estávamos!
Reinava a noite no seu silêncio manso
lugar onde surgia a união das vozes
as falas velozes dos encontros fugazes, a palavra na boca
- qual solidão do olhar-
primeira impressão de um aceno de adeus.
Como pode acontecer no sempre, um até sempre!...
Um até depois!
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José Manuel Capêlo, A Noite das Lendas, Aríon, 2000
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