quinta-feira, 31 de julho de 2008

como de costume

pintura de Gustave Caillebotte


Como de costume
a hora alongava-se na pequenez da hora
na fealdade que representava o tempo passado
- esse-mesmo que, quando não nos agrada, devemos esquecer.
Ou pelo menos, que não nos atormente
nos não fira noutros tempos do tempo - todo ele esquecido já.
Restos de passado, sem futuro.



José Manuel Capêlo, A Noite das Lendas, Aríon, 2000

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