segunda-feira, 27 de outubro de 2008

três poemas para Bárbara

pintura de Gustave Caillebotte

I

estás inerte como o desconsolo, Bárbara.
estás inerte como os dias que se levantam tristes, com a luz afogada para lá das nuvens, inerte como o terrível pesadelo a acordar-nos durante o sono ou como a palidez da rua molhada por tanta chuva.
e o teu desconsolo, Bárbara, é o meu olhar.

José Manuel Capêlo, Enche-se de Eco a Cidade, Átrio, 1989

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