sábado, 21 de fevereiro de 2009

Vaga visigótica

pintura de Jean-François Millet


Enquanto o promontório se alonga na espuma branca das ondas verdes... Enquanto a tua casa se suspende nas falésias abruptas da terra selvagem... Repito no eco deste cachimbo aceso, as palavras que me segredas, ao pressentires o horizonte: « Aqui nasce a terra que me fez encontrar-te, pedra angular, sagrada, inóspita. Revive em ti, o meu segredo. Enquanto guardares a voz dos nossos avós visigodos, terás a alma da consciência. Quê de lusitanos?... Esses, tinham desaparecido há muito dos montes baldios da estrelar montanha. Hermínios, lhes chamavam...»

José Manuel Capêlo, Rostos e Sombras, Sílex, 1986

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